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Boletim da IACM de 04. Outubro 2012

Ciência/Reino Unido: A eficácia anti-epiléptica do cannabidivarin será testada em ensaios clínicos

Cientistas da Universidade de Reading demonstraram, pela primeira, vez que um canabinóide da planta de cannabis ainda não estudado, pode levar a tratamentos eficazes para as pessoas com epilepsia. A equipe do Departamento de Farmácia da Faculdade de Psicologia descobriu que o cannabidivarin (CBDV) tem o potencial de evitar novas crises com poucos efeitos secundários. O Cannabidivarin é um cannabinóide do grupo CBD.

No estudo, realizado pela Universidade de Reading, o CBDV reprimiu fortemente o número de crises em seis modelos diferentes de animais utilizados normalmente na pesquisa de fármacos anti-epilépticos. O Cannabidivarin demonstrou ser também eficaz quando utilizado em combinação com fármacos tradicionais de tratamento da epilepsia e, ao contrário de outros canabinóides como o THC, não é psicoactivo e portanto, não causa efeitos psicotrópicos. O Dr. Ben Whalley, que lidera o estudo, disse: "Este é um marco extremamente emocionante na nossa investigação sobre elementos não-psicoativos da cannabis como tratamento contra a epilepsia. (...) As drogas prescritas actualmente para prevenir as crises podem causar efeitos secundários significativos na mobilidade e nas capacidades cognitivas dos indivíduos, o que por sua vez pode afectar negativamente a qualidade de vida das pessoas que têm de os tomar diáriamente."

A empresa britânica GW Pharmaceuticals disse à Reuters que os ensaios clínicos utilizando o cannabidivarin poderiam começar em 2013.

Hill AJ, et al. Br J Pharmacol. 2012 Set 12. [na imprensa]
Comunicado de Imprensa da Universidade de Reading
Comunicado de Imprensa da GW Pharmaceuticals
Reuters de 13 de Setembro 2012

Not�cias

Ciência/Humanos: O exercício moderado aumenta o nível endocannabinóide
Num estudo realizado com corredores humanos sãos, o exercício moderado em passadeiras aumentou a concentração de endocanabinóides no sangue, enquanto que exercícios de intensidade muito baixa e muito alta não alteraram significativamente os níveis de endocannabinóides. Os autores do estudo concluíram que "os resultados são consistentes com a intensidade e dependentes das mudanças de estado psicológico que advêem do exercício e suportam, portanto, a hipótese de que a actividade do eCB [endocannabinóide ] está relacionada com os efeitos neurobiológicos do exercício."
Faculdade de Antropologia, Universidade de Arizona, Tucson, EUA.
Raichlen DA, et al. EUR J Appl Physiol. 2012 Set 19. [na imprensa]

Ciência/Animais: O Cannabidiol pode ser útil no distúrbio de stress pós-traumático
Num estudo realizado com ratos que foram expostos a gatos, o cannabinoide natural CBD (cannabidiol) reduziu as reacções de medo, uma hora após a exposição ao predador. Este efeito foi mediado, pelo menos em parte, pelo receptor 5HT1A. Os autores concluíram: "Os nossos resultados sugerem que o CBD tem um potencial benéfico para o tratamento de DSPT (distúrbio de stress pós-traumático) e que os receptores 5HT1A podem ser um alvo terapêutico neste distúrbio."
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil.
Campos AC, et al. J Psychiatr Res. 2012 Set 11. [na imprensa]

Ciência/Células: Os Cannabinóides podem ser úteis no cancro do fígado
Dois cannabinóides que se ligam tanto ao receptor CB1 (ACEA) como ao receptor CB2 (CB65) reduzem a proliferação e a viabilidade das células cancerosas do fígado. Os autores escreveram: "Estes dados sugerem o ACEA e o CB65 como uma opção para um novo tratamento do cancro hepatocelular."
Faculdade de Farmácia e Centro de Investigação de Ciências Farmacêuticas, Universidade de Ciências Medicais de Teerão, Irão.
Farsandaj N, et al. Toxicol Mech Methods. 2012 Set 17. [na imprensa]

Ciência/Animais: O endocannabinóide oleamida melhora o sono
O endocannabinóide oleamida restaurou o sono em ratos adultos que foram sujeitos à separação de suas mães no início da vida. Esta separação resultou em distúrbios do sono mas este foi normalizado por oleamida através da activação de receptores CB1.
Departamento de Fisiologia, Faculdade de Medicina, Universidade Nacional Autónoma do México.
Reyes Prieto NM, et al. Pharmacol Biochem Behav. 2012 Set 7. [na imprensa]

Ciência/Animais: Um derivado do CBG reduz a inflamação na esclerose múltipla
Um derivado do cannabinóide natural CBG (Cannabigerol) reduziu a inflamação num modelo animal com esclerose múltipla. Os cientistas utilizaram Cannabigerol-quinona.
Vivacell Biotechnology Espanha, Córdoba, Espanha.
Granja AG, et al. J Neuroimmune Pharmacol. 2012 Set 14. [na imprensa]

Ciência/Humanos: O uso de cannabis pode aumentar o risco de cancro testicular
Num estudo epidemiológico, indivíduos com um histórico de uso de cannabis demonstraram um ligeiro risco (duas vezes maior) para o desenvolvimento de cancro dos testículos. 163 pacientes com este tipo de cancro foram comparados com 292 controles.
Departmento de Medicina Preventiva, Universidade da California, Los Angeles, EUA.
Lacson JC, et al. Cancer. 2012 Set 10. [na imprensa]

Ciência/Células: O ácido Cannabidiólico pode inibir a propagação do cancro da mama
O ácido de cannabidiol (ácido cannabidiólico), presente nas fibras de cânhamo, inibiu a migração de células altamente agressivas de cancro da mama. Antes que os cannabinóides presentes na cannabis sejam aquecidos, eles apresentam-se na sua forma ácida, entre os quais o ACBD (ácido cannabidiólico). Cientistas escreveram que o "ACBD oferece uma modalidade terapêutica potencial na revogação da migração de células cancerosas, incluíndo cancros da mama agressivos."
Departmento de Biologia Molecular, Universidade de Farmacia, Daiichi, Fukuoka, Japão.
Takeda S, et al. Toxicol Lett. 2012 Set 8. [na imprensa]

Ciência/Humanos: O risco de acidente com o uso de cannabis depende da concentração
Num estudo de caso-controlo, uma concentração de 2 ng/ml de THC no sangue foi associada a um aumento do risco de acidente quatro vezes maior comparado com uma menor concentração de THC. Os cientistas compararam 337 indivíduos envolvidos em acidentes, dos quais 161 foram positivos para o álcool e/ou outras drogas, com 2.726 condutores seleccionados aleatoriamente, dos quais 301 foram positivos para o álcool e/ou outras drogas. Os cientistas concluíram: "O estudo demonstrou que o risco de acidente para os condutores positivos ao THC depende da concentração. Combinações de álcool e drogas são, de longe, as substâncias mais prevalentes nos condutores e subsequentemente representam o maior risco no trânsito, tanto em termos de risco e alcance. "
Departmento de Neuropsicologia & Psico-farmacologia, Faculdade de Psicologia e Neurociência, Universidade de Maastricht, Holanda.
Kuypers KP, et al. PLoS One. 2012;7(8):e43496.
Texto completo grátis.

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