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Boletim da IACM de 12. Setembro 2016

Ciência/Humanos: Leis de cannabis medicinal nos EUA associadas a uma diminuição das faltas ao trabalho por motivo de doença

Utilizando o Current Population Survey, um estudo identificou que as faltas ao trabalho por doença diminuíram após a legalização da cannabis medicinal, nos 24 estados com leis de cannabis medicinal que foram analisados. O efeito foi mais forte no caso dos trabalhadores a tempo inteiro, e dos homens de meia-idade, que é o grupo mais propenso a ter cartões de cannabis medicinal.

Esses trabalhadores a tempo inteiro, com idades entre os 50 e os 59, tinham 13 por cento menos probabilidade de dar faltas por doença após a legalização da cannabis medicinal. Os com idades entre os 40 e 49 foram 11 por cento menos propensos a fazê-lo, e nas idades entre os 30 e os 39 a probabilidade de dar faltas por motivos médicos diminuiu 16 por cento. "Os resultados deste estudo sugerem, portanto, que a legalização da cannabis medicinal iria diminuir os custos para os empregadores, uma vez que reduziu a ausência de faltas ao trabalho devido a problemas médicos/doença", escreveu Dr. Darin F. Ullman, um professor do departamento de Economia da Universidade de Wisconsin, em Milwaukee, EUA.

Ullman DF. The Effect of Medical Marijuana on Sickness Absence. Health Economics. 15 jul 2016. [na imprensa]

Ciência/Humanos: Agressividade diminui após o consumo de cannabis de acordo com estudo clínico

Usando uma medida comportamental validada de agressividade em resposta a provocação, a agressividade subjetiva aumentou significativamente após o consumo de álcool e diminuiu após o uso de cannabis. O estudo da Universidade de Maastricht, Holanda, incluiu utilizadores de álcool (n = 20), utilizadores habituais de cannabis (n = 21), e controles (n = 20). Os utilizadores de álcool e cannabis receberam doses únicas de álcool e placebo ou cannabis e placebo, respetivamente. Foram submetidos a determinados testes, que permitem medir a agressividade.

A agressividade subjetiva aumentou significativamente após a exposição à agressividade em todos os grupos enquanto sóbrios. O uso de álcool aumentou a agressividade subjetiva enquanto a cannabis diminuiu a agressividade subjetiva após a exposição à agressão. As respostas agressivas durante o PSAP (point-subtraction aggression paradigm) aumentaram após o álcool e diminuiram após a cannabis, em comparação com o placebo. Os autores concluíram "que o álcool facilita sentimentos de agressividade enquanto a cannabis diminui sentimentos agressivos em utilizadores regulares de alcool e cannabis, respetivamente".

De Sousa Fernandes Perna EB, Theunissen EL, Kuypers KP, Toennes SW, Ramaekers JG. Subjective aggression during alcohol and cannabis intoxication before and after aggression exposure. Psychopharmacology (Berl). 15 jul 2016. [na imprensa]

Not�cias

Ciência/Humanos: Leis de cannabis medicinal nos EUA associadas ao aumento da nocividade percebida da cannabis
Num estudo com 1,134,734 adolescentes, a aprovação de leis de cannabis medicinal surgiu associada a um aumento da nocividade percebida.
Columbia University, Nova Iorque, EUA.
Keyes KM, et al. Addiction. 9 jul 2016. [na imprensa]

Grécia: Ministério da Saúde quer permitir o uso medicinal da cannabis
O Ministério da Saúde grego anunciou a criação de um grupo de trabalho constituído por académicos, psiquiatras, conselheiros científicos e jurídicos do primeiro-ministro, do Ministério da Saúde e do Ministério da Justiça e membros de associações de doentes, para iniciar uma discussão sobre o uso medicinal da cannabis .
Greek Reporter de 21 de julho de 2016

Alemanha/Canada: Flores de cannabis do Canadá vão estar disponíveis nas farmácias alemãs
De acordo com os comunicados de imprensa da Tweed - o maior produtor de flores de cannabis no Canadá – e da empresa alemã MedCann, que quer fornecer produtos de cannabis para as farmácias alemãs, as duas primeiras variedades do produtor canadiano estarão disponíveis nas farmácias alemãs a partir de agosto de 2016 .
Comunicado de imprensa da Canopy Growth Corporation de 23 de julho de 2016

EUA: Fórmula de THC líquido Syndros obtém aprovação das autoridades de saúde
A FDA (Food and Drug Administration) aprovou a solução oral da Insys Therapeutics Inc, Syndros, que é uma fórmula líquida de THC. O Syndros pode ser utilizado em doentes com anorexia devido à SIDA, bem como em pacientes com cancro que têm náuseas e vómitos devido à quimioterapia, e não tenham respondido adequadamente a tratamentos antieméticos tradicionais.
Pharmacy Times de 11 de julho de 2016

Reino Unido: Maioria dos membros do Parlamento apoia o uso medicinal da cannabis
Mais de metade dos MPs querem ver o uso medicinal da cannabis legalizado, apurou um estudo realizado pela Populus. A sondagem, que segue os debates parlamentares sobre o assunto, apurou que 58 por cento dos MPs apoiou o uso de cannabis para as pessoas que combatem problemas de saúde. Apenas 27 por cento dos deputados se opuseram.
Daily Telegraph de 10 de julho de 2016

Ciência/Humanos: Como evitar a desocultação em estudos clínicos com canabinóides
Em ensaios clínicos em dupla ocultação controlados por placebo com THC e cannabis, alguns pacientes podem perceber o efeito do THC e, assim, desvendar a ocultação. Ocultação significa que os pacientes não sabem se recebem um placebo ou o medicamento ativo (neste caso, os canabinóides). Os autores dão pistas sobre como preservar a ocultação e a qualidade do estudo.
Center for Medicinal Cannabis Research, University of California, San Diego, EUA.
Wilsey B, et al. Cannabis and Cannabinoid Research 2016;1(1):139-148.

Ciência/Animais: Canabinóides podem ser úteis no declínio cognitivo devido à aterosclerose do cérebro
O fornecimento reduzido de sangue crónico ao cérebro provoca dificuldades cognitivas em ratos. O canabinóide sintético WIN55,212-2 e os endocanabinóides melhoraram a cognição.
Tongji University School of Medicine, Shanghai, China.
Su SH, et al. Behav Brain Res. 14 jul 2016. [na imprensa]

Ciência/Animais: THC e CBDA agem sinergicamente contra as náuseas
Num modelo de náuseas em ratos, uma combinação entre THC e CBDA (ácido canabidiólico) atuou de forma sinérgica. A partir das suas investigações, os autores concluíram que "a administração oral de doses sublimiares de THC e CBDA pode ser um novo tratamento eficaz para a náusea aguda e náusea antecipatória e para aumento do apetite em pacientes de quimioterapia".
Department of Psychology and Collaborative Neuroscience Program, University of Guelph, Canadá.
Rock EM, et al. Psychopharmacology (Berl). 20 jul 2016. [na imprensa]

Ciência/Animais: Derivado sintético do cannabigerol pode ser útil na inflamação do cérebro
Em estudos com modelos de ratos VCE-003, um derivado sintético do cannabigerol (CBG), revelou ser neuroprotector e anti-inflamatório e, por isso, pode "ter um elevado potencial para o tratamento da doença de Huntington (DH) e outras doenças neurodegenerativas com traços neuroinflamatórias".
Instituto Ramón y Cajal de Investigación Sanitaria (IRYCIS), Madrid, Espanha.
Díaz-Alonso J, et al. Sci Rep 2016;6:29789.

Ciência/Células: CBD pode ser útil na hérnia do disco
Células do interior do centro tipo gel, o núcleo pulposo, dos discos intervertebrais foram tomadas a partir de ratos. Experiências mostraram que o CBD (cannabidiol) pode ter efeitos protetores sobre estas células.
Second Affiliated Hospital of Medical School of Xi'an Jiaotong University, Xi'an, China.
Chen JHou C, et al. Mol Med Rep. 13 jul 2016. [na imprensa]

Ciência/Humanos: Recetores CB1 aumentam após AVC
Usando tecido de 9 pacientes, que morreram de enfarte cerebral, investigadores encontraram um aumento do número de recetores CB1 na região isquémica", sugerindo a reação inflamatória à agressão isquémica".
Cattinara Hospital, Trieste, Italy.
Caruso P, et al. J Stroke Cerebrovasc Dis. 14 jul 2016. [na imprensa]

Ciência: Cápsulas de THC estáveis durante três meses à temperatura ambiente
Um estudo mostra que as cápsulas de THC (dronabinol) podem ser armazenadas à temperatura ambiente na sua embalagem original durante até três meses sem comprometer a aparência da cápsula e com uma redução mínima da concentração de THC.
University of Colorado Skaggs School of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, Aurora, USA.
Wempe MF, et al. Am J Health Syst Pharm 2016;73(14):1088-92.

Ciência/Células: PEA e extrato de luteolina têm efeitos sinérgicos para proteger células cerebrais
Os cientistas demonstraram que a combinação de palmitoiletanolamida (PEA), um endocanabinóide, e o flavonóide luteolina, em conjunto, exercen atividades neuroprotetoras, reduzindo a toxicidade mediada pelos mastocitos para as células nervosas e a suscetibilidade ao reduzido fornecimento de glucose.
University of Brescia, Itália.
Parrella E, et al. Brain Res. 13 jul 2016. [na imprensa]

Ciência/Animais: CBD anormal pode ser útil em doenças inflamatórias do intestino
Num modelo de rato com inflamação do intestine, o canabinóide sintético anormal CBD reduziu a inflamação e melhorou a cicatrização de feridas.
University of Calgary, Canadá.
Krohn RM, et al. J Inflamm (Lond) 2016;13:21

Ciência/Animais: Um derivado sintético do CBD foi mais potente do que o CBD
Em experiências com ratos, um CBD sintético fluorado, chamado florins-101, foi mais potente do que o CBD para efeitos ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos e atividade anti-compulsiva.
Medical Faculty, Hebrew University, Jerusalem, Israel.
Breuer A, et al. PLoS One 2016;11(7):e0158779.

Ciência/Humanos: Consumo de cannabis não tem qualquer efeito sobre a carga viral em pacientes HIV positivos
Numa pesquisa com 1902 pessoas que vivem com o HIV, 20% relataram uso de cannabis. Os dados mostraram que não houve associação significativa entre o uso de cannabis e supressão do VIH por tratamento padrão.
College of Medicine, University of Florida , Gainesville, EUA.
Okafor CN, et al. Am J Drug Alcohol Abuse. 2016:1-8.

Ciência/Humanos: Certas variantes genéticas da FAAH estão associadas a mais transtornos do uso de cannabis
Certas variantes genéticas da enzima FAAH (hidrolase das amidas dos ácidos gordos), que é responsável pela degradação da anandamida, estão associadas a um risco aumentado de transtornos de uso de cannabis em jovens adultos.
The Scripps Research Institute, La Jolla, EUA.
Melroy-Greif WE, et al. Drug Alcohol Depend. 25 jun 2016. [na imprensa]

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