Jornales
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Boletim da IACM de 14. Outubro 2015
- IACM: Mark Ware eleito novo presidente
- IACM: IACM Awards 2015 atribuídos a Antonio Waldo Zuardi, David Robbe, Mahmoud A. ElSohly e Beat Lutz
- Ciência/Humanos: O canabidiol pode ser eficaz no tratamento da esquizofrenia
- Ciência/Humanos: A cannabis em forma vegetal é segura para uso medicinal na dor crónica
- Ciência/Humanos: Uso de cannabis por adolescentes diminuiu nos EUA, apesar de legalização do uso medicinal em muitos estados
- Ciência/Humanos: Terapia com cannabis em adultos com TDAH resistente ao tratamento bem sucedida numa série de casos com 30 pacientes
- Ciência/Humanos: A cannabis reduz os sintomas de uma grande variedade de condições médicas, afirma um estudo alargado
- Not�cias
- Relembrando o passado
IACM: Mark Ware eleito novo presidente
Durante a Assembleia Geral de 18 de setembro de 2015, na Cannabinoid Conference 2015, em Sestri Levante, Itália, a IACM elegeu um novo Conselho de Administração e cinco representantes de doentes. Foram reeleitos os seguintes conselheiros: Mark Ware, do Canadá, Kirsten Müller-Vahl, da Alemanha, Daniela Parolaro, da Itália, Roger Pertwee, do Reino Unido, Jahan Marcu, dos EUA, William Notcutt, do Reino Unido, Donald Abrams, dos EUA e Ilya Reznik, de Israel. Foram ainda eleitos como novos membros do conselho Ethan Russo, dos EUA, e Manuel Guzman, de Espanha. Mark Ware foi eleito primeiro presidente e Kirsten Müller-Vahl segundo presidente. Franjo Grotenhermen continua a ser o diretor executivo.
Foram eleitos os seguintes representantes de doentes: Michael Krawitz, dos EUA, Alison Myrden, do Canadá, Sarah Martin, do Reino Unido, Sébastien Beguerie, da França e Max Plenert, da Alemanha - os últimos dois foram eleitos pela primeira vez. A Assembleia Geral tinha antes alterado os estatutos da IACM para permitir que fossem eleitos até seis representantes de doentes.
Estatutos do Conselho de Administração da IACM
IACM: IACM Awards 2015 atribuídos a Antonio Waldo Zuardi, David Robbe, Mahmoud A. ElSohly e Beat Lutz
Durante o Jantar de Gala da Cannabinoid Conference 2015, a IACM galardoou quatro pessoas pelas suas realizações excepcionais no que diz respeito à reintrodução da cannabis e dos canabinóides como medicamento. O prémio IACM 2015 para a Pesquisa Clínica foi para Antonio Waldo Zuardi, o prémio IACM Ester Fride de Investigação Básica 2015 foi para a Beat Lutz, o prémio IACM 2015 para Jovens Investigadores foi para David Robbe, e o prémio Especial da IACM 2015 foi para Mahmoud A. ElSohly.
O Dr. Antonio Waldo Zuardi é um professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, Brasil e investigador em canabidiol desde 1976. O Dr. Mahmoud A. ElSohly é professor investigador do Centro Nacional de Pesquisa de Produtos Naturais, e professor de Farmácia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Mississippi, EUA, e é o diretor do Projeto Marijuana NIDA. O Dr David Robbe é professor associado no Instituto de Neurobiologia do Mediterrâneo, em Marselha, França. O Dr Bata Lutz é professor de Química Fisiológica e diretor do Instituto de Química Fisiológica do Centro Médico da Universidade de Mainz, na Alemanha.
Ciência/Humanos: O canabidiol pode ser eficaz no tratamento da esquizofrenia
O CBD (canabidiol), um fitocanabinóide não psicotrópico, foi eficaz no tratamento da esquizofrenia em doentes que anteriormente não tinham respondido adequadamente a medicamentos anti-psicóticos. A empresa britânica GW Pharmaceuticals anunciou resultados positivos de um ensaio clínico de Fase 2 exploratório com 88 pacientes com esquizofrenia. No ensaio, os doentes mantiveram sua medicação anti-psicótica e foram randomizados para receber CBD ou placebo como terapia adjuvante.
O CBD revelou-se consistentemente superior ao placebo em aspectos relevantes da doença, por exemplo, na Impressão Clínica Global de Severidade e na Impressão Clínica Global de Melhoria. A proporção de participantes a tomar CBD foi quase três vezes maior do que a dos participantes que receberam placebo (Odds Ratio de 2,65). Não houve eventos adversos graves e a frequência global de eventos adversos foi muito semelhante à do placebo.
Comunicado de imprensa da GW Pharmaceuticals de 15 de setembro de 2015
Reuters de 15 de setembro de 2015
Ciência/Humanos: A cannabis em forma vegetal é segura para uso medicinal na dor crónica
O uso de cannabis em forma vegetal foi associado a uma maior taxa de efeitos adversos mínimos ou moderados, em comparação com os controlos de não-utilização - mas não havia nenhuma diferença nos efeitos colaterais graves de uma dose média de 2,5 g por dia de cannabis. É este o resultado do estudo COMPASS (Cannabis para a Gestão da Dor: Avaliação do Estudo de Segurança). Este estudo multicêntrico nacional analisou a segurança do uso de cannabis medicinal entre os pacientes que sofrem de dor crónica e foi liderado pelo Dr. Mark Ware da McGill University Health Centre, em Montreal, no Canadá.
Os cientistas descobriram que os pacientes com dor crónica, que usaram cannabis diariamente durante um ano, cuidadosamente monitorado, não tiveram um aumento de eventos adversos graves em comparação com pacientes com dor que não utilizaram cannabis. Os investigadores acompanharam 215 pacientes adultos, com dor não-oncológica crónica, que usaram cannabis medicinal, e compararam com um grupo de 216 pessoas que sofrem de dor crónica que não eram utilizadores de cannabis. O estudo envolveu sete centros de dor em todo o Canadá. Os consumidores de cannabis tiveram acesso a cannabis vegetal contendo 12,5% de THC de um produtor de cannabis licenciado. Todos os meses foi pedido aos pacientes que dessem informações sobre os efeitos adversos, foram submetidos a testes de função pulmonar e cognitivos, e foram questionados sobre sua dor, humor e qualidade de vida.
Science Daily de 29 de Setembro de 2015
Ciência/Humanos: Uso de cannabis por adolescentes diminuiu nos EUA, apesar de legalização do uso medicinal em muitos estados
Muitos estados dos EUA já aprovaram leis de descriminalização da cannabis e mais de 20 estados já legalizaram o uso de cannabis para fins medicinais. Mas, de acordo com dois novos estudos, o uso de cannabis pelos adolescentes tem caído no mesmo período. "Apesar das mudanças consideráveis nas políticas estatais sobre cannabis ao longo dos últimos 15 anos, o uso da cannabis entre os estudantes do ensino médio, decaiu amplamente", conclui um dos trabalhos, publicados em Drug and Alcohol Dependence. O estudo analisa o consumo de cannabis entre todos os estudantes do ensino médio nos Estados Unidos, medidos a cada dois anos pelo Estudo Nacional de Comportamento de Risco da Juventude. Em 1999, 47,2 por cento dos estudantes do ensino médio relataram já ter consumido cannabis na sua vida. Esse número caiu para os 36,8 por cento em 2009. Em 2013, subiu para 40,7 por cento, mas os autores do estudo consideraram que esse pequeno aumento, até ver, não é estatisticamente significativo.
O outro estudo, publicado no American Journal of Drug and Alcohol Abuse, sugere uma razão para a tendência de quebra no consumo: uma forte reprovação do uso da cannabis pelos adolescentes mais jovens, que está muito acima do nível em que estava mesmo há 10 anos atrás. Esse estudo analisou um conjunto de dados diferente – as atitudes em relação à cannabis e o uso da droga como relatado na Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde. Esses números também mostram uma diminuição nas taxas de uso de cannabis entre 2002 e 2013. A reprovação aumentou significativamente entre os adolescentes com idades entre os 13 e 14 anos de idade.
National Youth Risk Behavior Survey
Washington Post de 21 de Setembro de 2015
Ciência/Humanos: Terapia com cannabis em adultos com TDAH resistente ao tratamento bem sucedida numa série de casos com 30 pacientes
Pacientes adultos com TDAH, que são resistentes ao tratamento com terapias farmacológicas convencionais (metilfenidato, atomoxetine e anfetaminas ou derivados de anfetaminas), podem experimentar uma melhoria de uma variedade de sintomas com as flores de cannabis, incluindo melhor concentração e sono, e redução da impulsividade. Os registos médicos de 30 pacientes adultos com TDAH, resultado da prática médica do Dr. Franjo Grotenhermen em Rüthen, Alemanha, foram analisados de forma anónima pela Dr. Eva Milz, médica psiquiatra e psicoterapeuta, em Berlim, Alemanha.
Todos os pacientes foram autorizados a usar flores de cannabis entre 2012 e 2014. Na Alemanha, os pacientes, independentemente da sua condição médica, podem requisitar a um organismo (Bundesopiumstelle) do Ministério da Saúde Federal autorização para o uso flores de cannabis da farmácia, se as terapias padrão de uma determinada doença ou sintoma não forem eficientes ou estiverem associados a efeitos secundários graves. A idade média dos pacientes [28 do sexo masculino e 2 do feminino] na primeira visita era de 30 anos [intervalo: 21-51]. Em 63% dos casos o TDAH foi diagnosticado apenas durante a vida adulta. Todos os pacientes diagnosticados na infância [entre os 6 e os 13 anos de idade] tinham sido previamente tratados com metilfenidato. O tratamento farmacológico posterior foi feito com atomoxetine, dexamphetamine, lisdexamphetamine ou uma mixtura de anfetamina . A medicação foi geralmente interrompida devido aos efeitos colaterais e, muitas vezes, devido à ineficácia. Oito pacientes continuaram a tomar estimulantes e combinaram-nos com cannabis, mas 22 dos pacientes usaram apenas a planta.
Ciência/Humanos: A cannabis reduz os sintomas de uma grande variedade de condições médicas, afirma um estudo alargado
Num estudo envolvendo 1331 participantes, que usaram cannabis para fins medicinais e responderam a perguntas entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014, foi registada uma melhoria média dos sintomas de 3,96 numa escala de -5 (piorar) a +5 (melhorar). O autor principal, Dr. Michelle Sexton, do Centro de Estudos de Cannabis e de Política Social e do Instituto Universitário de Investigação Bastyr, em Seattle, EUA, apresentou estes dados, de uma investigação em curso, na Cannabinoid Conference 2015, em Sestri Levante, Itália.
O inquérito era aberto a pessoas de qualquer parte no mundo, sendo recrutadas nas instalações do dispensário de cannabis do estado de Washington ou via internet. A maioria dos participantes eram do sexo masculino (55%). Os sintomas mais comuns para que os participantes consumiram cannabis foram dor, ansiedade, depressão, dor de cabeça/enxaqueca e artrite. A inalação foi a via preferida de administração. A maioria dos participantes consumiram entre 3 a 7 gramas de cannabis por semana.
Para participar no estudo, por favor visite o site.
Not�cias
Ciência: Edição especial da Nature sobre a cannabis
Uma edição especial da revista Nature sobre a cannabis vai estar disponível gratuitamente durante seis meses.
site
EUA: Cannabis para uso recreativo disponível no Oregon
A vendas de cannabis para uso recreativo começou no Oregon a 1 de outubro. O Oregon juntou-se aos estados de Washington e do Colorado ao permitir a venda da droga que continua a ser ilegal sob a lei federal dos EUA. Os residentes no Oregon com 21 anos ou mais podem comprar até um quarto de onça (sete gramas) de cannabis seca nos cerca de 200 dispensários de cannabis existentes.
Reuters de 1 de Outubro de 2015
Ciência/Humanos: O THC não foi eficaz na prevenção de náuseas após a cirurgia
Num estudo com 40 pacientes com risco elevado de náusea e vómito pós-operatório, foram administrados 0,125 mg de THC por quilograma de peso corporal administrados por via intravenosa no final da cirurgia ou um placebo. O THC não foi superior ao placebo. Os efeitos colaterais foram descritos como "clinicamente relevantes" pelos autores.
Kleine-Brueggeney M, et al. Anesth Analg. 2015 Sep 30. [na imprensa]
Ciência/Humanos: Pacientes com doença inflamatória intestinal usam doses maiores de cannabis
Num estudo com 2,084,895 indivíduos com doença inflamatória do intestino e 2,013,901 indivíduos controle, os participantes com a doença intestinal tiveram uma maior incidência no consumo de cannabis. Os pacientes com esta doença eram mais propensos a usar uma quantidade mais elevada por dia.
Hospital da Universidade de Temple, Filadélfia, EUA.
Weiss A, et al. Drug Alcohol Depend. 2015 Sep 14. [na imprensa]
Ciência/Humanos: A concentração de endocanabinóides não sofre alteração com massagem táctil
Num estudo com 20 voluntários saudáveis, a massagem táctil não teve qualquer efeito sobre os níveis sanguíneos dos endocanabinóides anandamida e 2-AG (2-araquidonoilglicerol) em comparação com participantes doentes, em que os participantes apenas relaxaram.
Departamento de Biologia Medica Integrativa da Universidade de Umeå, na Suécia.
Lindgren L, et al. BMC Res Notes. 2015;8:504.
Ciência/Células: Anandamida e 2-AG têm efeitos diferentes sobre a produção de células ósseas
Estudos com osteoblastos humanos (células que sintetizam osso) demonstraram um claro envolvimento dos endocannabinoides anandamida e 2-araquidonoilglicerol na modulação da actividade dos osteoblastos humanos. No entanto, os efeitos de ambos os endocannabinóides diferiram.
Royal Derby Hospital, da Universidade de Nottingham, Reino Unido.
Smith M, et al. PLoS One. 28 de Setembro de 2015;10(9):e0136546.
Ciência/Animais: A activação do receptor CB2 melhora a perfusão do sangue nos capilares da íris
A administração sistémica de um canabinóide em ratos melhorou o fluxo sanguíneo na íris do olho. Este efeito é provavelmente mediado pela activação do receptor CB2. Os autores escreveram que as suas "descobertas indicam que a microcirculação da íris pode servir de modelo para estudar a microcirculação durante a inflamação sistémica".
Departamento de Farmacologia da Universidade Dalhousie, Halifax, Canadá.
Toguri JT, et al. Clin Hemorheol Microcirc. 9 de Setembro de 2015. [na imprensa]
Ciência/Humanos: O consumo de cannabis durante a gravidez não causou anomalias
Num estudo com 6.468 mulheres grávidas, das quais 361 eram utilizadoras de cannabis, o consumo de cannabis não aumentou o número de complicações durante o parto e de anomalias dos recém-nascidos. No entanto, o risco de terem recém-nascidos pequenos aumentou 30%.
Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Cincinnati, EUA.
Warshak CR, et al. J Perinatol. 24 de setembro de 2015. [na imprensa]
Ciência/Animais: Um agonista do receptor CB2 periférico evita danos nos rins causados pela cisplatina
Um canabinóide sintético (LEI-101), que acciona apenas o receptor CB2 na periferia e não no cérebro impediu os danos nos rins provocados pela cisplatina, um medicamento usado na quimioterapia do cancro.
Intituto Nacional de Saúde, Maryland, EUA
Mukhopadhyay P, et al. Br J Pharmacol. 23 de Setembro de 2015. [na imprensa]
Ciência/Animais: Um bloqueador da degradação da anandamida e do 2-AG é mais eficaz na redução da dor do que os bloqueadores de apenas um endocanabinóide
A substância (JZL 195), que inibe a função de duas enzimas (FAAH e MAGL), que são responsáveis pela degradação de dois endocanabinoides, a anandamida e o 2-AG, é mais eficaz na redução da dor neuropática do que os inibidores de apenas uma destas duas enzimas.
Universidade de Sydney no Royal North Shore Hospital, St Leonards, Austrália.
Adamson Barnes NS, et al. Br J Pharmacol. 23 de setembro de 2015. [na imprensa]
Ciência/Animais: A administração de THC não aumentou a auto-administração de heroína em macacos
Os macacos rhesus foram autorizados a auto-administrar-se heroína, pressionando uma alavanca. O tratamento diário com THC a cada 12 horas, ou não teve qualquer efeito ou diminuiu o consumo de heroína. Os autores escreveram que a administração repetida de THC "provavelmente não aumenta, e possivelmente diminui, os efeitos de reforço positivo" de heroína.
A Universidade do Texas Health Science Center em San Antonio, EUA.
Maguire DR & France CP. Behav Pharmacol. 21 de setembro de 2015. [na imprensa]
Ciência/Animais: Interacções de THC e CBD
Um estudo com ratos, que receberam THC, CBD ou uma combinação de THC e CBD, mostrou que o CBD potenciou reduções de movimentos induzidas pelo THC, mas reduziu a diminuição da temperatura corporal e a indução de ansiedade provocadas pelo THC. O CBD sozinho não teve qualquer efeito sobre esses níveis. O THC aumentou a activação do cérebro em 11 das 35 regiões cerebrais estudadas. A co-administração de CBD suprimiu essa activação em seis dessas regiões cerebrais.
Centro do Cérebro e da Mente, Universidade de Sydney, Austrália.
Todd SM & Arnold JC. Br J Pharmacol. 17 de setembro de 2015. [na imprensa]
Relembrando o passado
Um ano atr�s
- Itália: O exército vai cultivar cannábis para uso medicinal
- Chile: Aprovada a primeira quinta dedicada ao cultivo de cannabis para uso medicinal
- Australia: Primeiro-ministro Tony Abbott apoia a legislação para um uso medicinal da cannábis
- Israel: O governo autoriza alguns médicos de família a prescreverem cannabis para uso medicinal
Dois anos atr�s
Eventos Online 2020
Todas as informações sobre os Eventos IACM Online, incluindo vídeos gratuitos dos webinars com legendas em português, podem ser encontradas aqui.
Conferência 2022
A 12ª Conferência IACM sobre Canabinóides em Medicina será realizada nos dias 20 e 21 de Outubro de 2022 juntamente com o SSCM suíço em Basileia/Suíça.
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